O Forte de Ouidah
"O forte português de Ouidah foi construído em 1721 por um capitaine de vaisseaux – Joseph de Torres – chegado da Bahia, no Brasil. Na época, era chamado de “Forteresse Césarienne Notre-Dame de la Délivrance" e mais tarde foi conhecido sob o nome de “Fort Saint-Jean-Baptiste d’Ajuda” – Um território de apenas um hectare.
Dezessete diretores foram sucessivamente nomeados para esse cargo e tiveram carreiras diversas. Dentre eles, seis foram expulsos pelos reis do Dahomey e sete morreram nesse lugar. O forte foi tomado duas vezes pelas tropas daomeeneses e destruído pelo fogo.
A partir de 1806, ele ficou sob a direção de Francisco Félix de Souza, chamado Xaxá, o mais famoso dos brasileiros dessa época.
Em 1862, o forte, que tinha sido abandonado pelos portugueses, transformou-se em sede da missão fundada pelos reverendos padres católicos, presentes nessa parte da costa da África para evangelizá-la. Os portugueses recuperaram o forte em 1865". (Doig Simmonds, Musée Historique de Ouidah, Introduction, 1968)
O forte de Ouidah foi um enclave português em território daomeense até julho de 1961, quase um ano depois da independência do Benin. Durante o abandono do prédio pelo presidente português, o prédio principal foi incendiado.
Desde então, o forte foi transformado em "Museu Histórico da Cidade de Ouidah", e está sob a responsabilidade do "Institut de Recherches Appliquées du Dahomey".
(Texto André Jolly)