EM CARTAZ
FOTOGRAFIA
A Fundação Pierre Verger possua no seu acervo mais de 62.000 negativos realizados por Pierre Verger durante a sua vida. Ela preserva e divulga esse acervo através de diversos tipos de atividades. Organiza exposições na sua Galeria, no seu espaço cultural ou em parceria com outras instituições nacionais e internacionais. Divulga também esse material através da publicação de catálogos e livros auto-editados ou em parceria com outras editoras.
A Fundaçao assuma também a gestão de direitos autorias dessas fotografias, as fotografias de Verger sendo reproduzidas pelos mais diversos meios de comunicação através do mundo: uso em livros, em filmes, em redes sociais, em projeções, em publicidade, entre outros. A Fundação também comercializa ampliações analógicas realizadas a partir do negativo original de Verger.
A integralidade das fotografias de Pierre Verger são accessíveis a todos, gratuitamente, através do banco de dados Iranti, na sede da Fundação Pierre Verger. Em torno de 4.000 fotografias são também acessível na fototeca desse site
A Fundação ajuda á divulgação da fotografia baiana desde de 2016, notadamente através do projeto 16 ensaios Baianos que acontece na galeria Fundação Pierre Verger, assim como através do portal Fotógrafos baianos.


CULTURA AFROBRASILEIRA
Frequentador assíduo dos terreiros da Bahia, em outubro de 1948, Pierre Verger foi consagrado Oju Obá: “os olhos de Xangô; aquele que tudo enxerga e tudo sabe” por Mãe Senhora, Ialorixá do terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá. A partir de então, em frequentes viagens à África, Verger se tornou um interlocutor interessado na retomada das relações entre africanos e afro-brasileiros. Ele se tornou um mensageiro, entre Mãe Senhora e o Alafin (rei) de Oió, na Nigéria, entre Eduardo Ijexá, em Salvador, e as pessoas da cidade origem de Ilesa, na Nigéria, e entre o povo do golfo do Benim e muitos afro-baianos de forma mais geral.
Buscando compreender e comunicar algo em comum entre seus amigos africanos e baianos, Verger adquiriu um conhecimento tão vasto sobre a religião iorubá que, em 1953, na cidade de Ketu, foi iniciado como babalaô e renasceu com o nome de Fatumbi.
Pierre Fatumbi Verger foi um pesquisador incansável das culturas afro-americanas, o que resultou em publicações-chave nesta temática, como “Fluxo e refluxo: Do tráfico de escravos entre o golfo do Benim e a Bahia de Todos-os-Santos, do século XVII ao XIX” e “Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo”, essa incluída na lista dos 200 livros mais relevantes para entender o Brasil, publicada pelo Jornal Folha de S. Paulo. A Fundação Pierre Verger continua a desenvolver o trabalho de Verger, comprometida em editar livros e elaborar exposições que valorizam a herança africana de brasileiros.


COMUNIDADE
Devido à sua localização em um bairro popular, predominantemente afrodescendente, o Engenho Velho de Brotas, em Salvador, a Fundação Pierre Verger realiza desde de 2005 no epsaço cultural ao lado da casa de Pierre Verger atividades em arte-educação. Seu foco é trabalhar com arte, cultura e cidadania, oferecendo uma ampla variedade de atividades com o objetivo de promover a inclusão social e o desenvolvimento humano, contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas da região. As oficinas oferecidas gratuitamente são de caráter pedagógico, artístico ou tecnológico complementam a educação regular das escolas públicas, proporcionando assim uma formação cidadã e humana mais abrangente.
Através de uma programação cultural que inclui outras ações como exibições de filmes, mesas de debates e rodas de conversa, o espaço fortalece os laços entre as pessoas e sua herança cultural, seguindo os princípios da vida e obra de Fatumbi Verger. Neste período de atuação foram estabelecidas inúmeras parcerias com instituições públicas e privadas: escolas do bairro, posto de saúde, grupos culturais em Salvador e fora do país, articulando intercâmbios que ampliam os horizontes da comunidade.

