Deuses africanos

Assim que Verger chegou ao Nordeste brasileiro, ele começou a fotografar as religiões de matriz africana. Em uma passagem pelo Benim em 1936, ele já tinha registrado – sem o saber- os Orixás, mas foi somente a partir de 1946 que essa temática se tornou central em seu trabalho fotográfico.

Em poucos anos, ele registrou essas cerimônias no Brasil – em Salvador, Cachoeira, Recife ou São Luís do Maranhão -, mas também no Haiti, Cuba, no Suriname e, a partir de 1949, no Benim e na Nigéria. Ao contrário do que pode se imaginar, Verger realizou grande parte de suas fotografias de candomblé antes de ser iniciado.

Esse material foi abundantemente publicado desde de 1949, principalmente para acompanhar seus primeiros escritos. Essas imagens trazem toda a poesia dessas religiões, notadamente as fotografias de pessoas incorporadas por seus orixás.