The One that I’m not
Em maio entrou em cartaz a exposição inédita “Pierre Fatumbi Verger: The One That I Am Not”, no Cobra Museum of Modern Art, em Amstelveen, na Holanda. Composta por mais de 160 obras do fotógrafo Pierre Fatumbi Verger, a mostra é uma celebração do seu legado fotográfico, coração e busca incessante pelo autoconhecimento. Com curadoria de Alex Baradel, coordenador geral do departamento de fotografia e comunicação da Fundação Pierre Verger, e produzida pela Terra Esplêndida, a exposição oferece uma nova perspectiva sobre a fotografia de Pierre Verger. Esta é uma retomada significativa após quase duas décadas desde a última grande exposição do artista na Europa.
As 166 fotografias de Pierre Fatumbi Verger expostas foram escolhidas não tanto para mostrar as culturas atravessadas por Verger nos cinco continentes, mas como expressão da trajetória de Verger, jovem ocidental que fugiu do seu meio social para encontrar no mundo outras formas de viver. Muitas fotos escolhidas resultam de uma inédita pesquisa genética e crítica da sua obra/vida baseada em documentos pessoais como correspondências e entrevistas, encontrados na última década pelo curador nos acervos da Fundação Pierre Verger e em outras instituições.
A exposição está organizada em temáticas que apresentam a trajetória de Verger através de sua obra fotográfica e dos diversos encontros que ela favoreceu nos cinco continentes que ele percorreu viajando: África, América, Ásia, Europa e Oceania.

Cada tema oferece uma visão única e contextualizada das experiências e observações de Verger ao longo de suas jornadas, destacando não apenas a diversidade cultural que ele testemunhou, mas também o impacto emocional e espiritual que essas experiências tiveram sobre ele e suas imagens. Para Pierre Fatumbi Verger, a fotografia não era um fim em si mesma, mas uma forma de estar em contato com outras culturas e registrar esse encontro.
Suas fotografias emergem dessas interações, traçando uma jornada que vai desde o olhar míope inicial, sua relação com o corpo, notadamente em posturas sensuais, até uma profunda conexão com o sagrado e a espiritualidade.
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