Da Humanidade: 100 Artistas do Acervo
O Museu de Arte Brasileira da FAAP (MAB FAAP) inaugura hoje Da Humanidade: 100 artistas do acervo, uma exposição com curadoria de Laura Rodríguez, que marca a centésima curadoria realizada com obras do acervo do Museu de Arte Brasileira da FAAP (MAB FAAP).
A mostra tem como ponto de partida as ideias expressas por Hannah Arendt no livro “A Condição Humana”, de 1958, no qual a autora faz uma análise sobre o que é específico e genérico do ser humano..
“Não pretendemos apresentar o pensamento da autora, mas ter a obra como fonte inspiradora para estudar em nosso acervo as obras que apresentam ou questionam a existência do ser humano e da vida em comunidade”, explica Laura Rodríguez.
Pierre Verger participa da exposição com quatro obras produzidas entre os anos de 1946 e 1951, que retratam cenas da cidade de Salvador, como o carnaval, o candomblé, o Pelourinho e o samba.
Em sua obra, Arendt aponta que todas as três atividades humanas fundamentais, o trabalho ou labor, a obra e a ação ou discurso, estão intimamente relacionadas com a condição mais geral da existência humana: o nascimento e a morte. Para a filósofa, a vida ativa deve ser uma sinergia entre o nosso trabalho, pelo qual garantimos nossa subsistência material; as nossas obras, pelas quais criamos os objetos e o legado da cultura – que nos ajudam a superar a mortalidade –; e a nossa ação, que através do discurso e relacionamento interpessoal, possibilita a construção de uma sociedade plural, mais justa e solidária.
Fernanda Celidonio, diretora do MAB FAAP, destaca que a partir desses conceitos foram selecionadas obras que podem provocar uma reflexão sobre a vida em sociedade e o trabalho do artista. Por isso, a exposição foi dividida em 10 núcleos: identidade, infância, arte, habitat, urbe, labor, ócio, sagrado, cultura e agruras.
-------
Botanicals